Li uma vez um
texto da Martha Medeiros que dizia para confiarmos em Deus, mas trancar o
carro. O texto tentava distinguir as vítimas genuínas das não. E comprovar os
efeitos de nossas atitudes e decisões.
Ela cita como
exemplo, uma pessoa que estaciona o carro numa rua escura deixando a chave na
ignição. Concluindo, então, que não significa necessariamente que ela seja
roubada, mas se for, ela foi uma “panaca”.
Toda essa
história me fez lembrar do relato daquele carinha incrível, do tipo que você
nem acredita estar na sua vida, que te comenta que andou falando de ti para um
amigo e que confidenciou a ele que não se imaginava mais se apaixonar e que
esse lhe responde em sorriso: “quando a gente
menos espera, estamos dentro!”
O que me faz usar
metáforas para explicar esse momento. Eu posso estar estacionando meu carro em
uma rua escura e que pior, com a chave na ignição, e que não significa
necessariamente que eu seja roubada, mas se eu for e se eu sentir o coração
dilacerado, serei uma panaca!
Diz o texto:
“não há prêmio ou punição na vida, apenas conseqüências”. Portanto: “tranque o
carro na rua escura, também dentro de sua garagem, não entre no quarto de um
neandrethal e se não estiver bem certa do que deseja, não deixe uma vela acesa
perto de uma janela aberta, pense duas vezes antes de mandar seu chefe para um
lugar que você não gostaria de ir, não tenha em casa Doritos ,
Coca-cola e ouro branco se tiver planejando perder uns quilos e lembre-se do
que a bisavó dizia: regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro,
porque sem cuidar, nada floresce. E por via das duvidas, confie em Deus também,
que mal não faz”.
Acredito que
todos nos temos medos, mas se ainda sim saímos por ai, observando pessoas,
mesmo quando não queremos mais nos apaixonar o que será que esperamos que
aconteça?
A vida é isso,
fascínio, encantamento e infelizmente desencantamento e além do mais, é
passageira. Não somos nada e ninguém sem o amor. É ele que nos faz querermos
ser uma pessoa melhor, a sonharmos e querermos compartilhar esses sonhos.
Ainda estou em
dúvida se tiro meu carro dessa rua escura, ou se o deixo lá, talvez sem as
chaves, só para dificultar um pouquinho em caso de arrombamento. Ou, se
realmente confio em Deus e o deixo lá, com vidros abertos e chaves na ignição.
Cá entre nós,
se esse ladrão em questão me pegasse pela mão e me dissesse vem?
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