terça-feira, 4 de novembro de 2014

Minha vó dizia: se conselho fosse bom, não se dava. Vendia! Mas...

Li uma vez um texto da Martha Medeiros que dizia para confiarmos em Deus, mas trancar o carro. O texto tentava distinguir as vítimas genuínas das não. E comprovar os efeitos de nossas atitudes e decisões.
Ela cita como exemplo, uma pessoa que estaciona o carro numa rua escura deixando a chave na ignição. Concluindo, então, que não significa necessariamente que ela seja roubada, mas se for, ela foi uma “panaca”.
Toda essa história me fez lembrar do relato daquele carinha incrível, do tipo que você nem acredita estar na sua vida, que te comenta que andou falando de ti para um amigo e que confidenciou a ele que não se imaginava mais se apaixonar e que esse lhe responde em sorriso: “quando a gente menos espera, estamos dentro!”
O que me faz usar metáforas para explicar esse momento. Eu posso estar estacionando meu carro em uma rua escura e que pior, com a chave na ignição, e que não significa necessariamente que eu seja roubada, mas se eu for e se eu sentir o coração dilacerado, serei uma panaca!
Diz o texto: “não há prêmio ou punição na vida, apenas conseqüências”. Portanto: “tranque o carro na rua escura, também dentro de sua garagem, não entre no quarto de um neandrethal e se não estiver bem certa do que deseja, não deixe uma vela acesa perto de uma janela aberta, pense duas vezes antes de mandar seu chefe para um lugar que você não gostaria de ir, não tenha em casa Doritos, Coca-cola e ouro branco se tiver planejando perder uns quilos e lembre-se do que a bisavó dizia: regue as plantas, regue suas relações, regue seu futuro, porque sem cuidar, nada floresce. E por via das duvidas, confie em Deus também, que mal não faz”.
Acredito que todos nos temos medos, mas se ainda sim saímos por ai, observando pessoas, mesmo quando não queremos mais nos apaixonar o que será que esperamos que aconteça?
A vida é isso, fascínio, encantamento e infelizmente desencantamento e além do mais, é passageira. Não somos nada e ninguém sem o amor. É ele que nos faz querermos ser uma pessoa melhor, a sonharmos e querermos compartilhar esses sonhos.
Ainda estou em dúvida se tiro meu carro dessa rua escura, ou se o deixo lá, talvez sem as chaves, só para dificultar um pouquinho em caso de arrombamento. Ou, se realmente confio em Deus e o deixo lá, com vidros abertos e chaves na ignição.

Cá entre nós, se esse ladrão em questão me pegasse pela mão e me dissesse vem?


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