domingo, 25 de outubro de 2015

O poder da escolha


Não é raro o dia em que vejo rostos refletindo descontentamento. Que não ouço discursos de vidas demasiado pesado, que não vejo o peso que sentem diante suas escolhas na vida pessoal e/ou profissional. Sei que mudar pode parecer assustador, que fazer escolhas não é fácil, mas não fazê-los, me parece à única escolha que não deveríamos fazer.
Tenho uma amiga, a Franciele, que tem 3 filhos e que está deixando a segurança de seu lar, o que conhece decôr, seus amigos, seus pais, para tentar junto o esposo e filhos, em Portugal, o novo. Ela me disse que além de ter de superar o medo de avião, sem ter um “tostão” furado, quer o mundo, quer que os filhos saibam que eles também podem ter o mundo e que seu medo é deixar aqui quem os ama e quem é amado.
Eu lhe disse para não ter medo. Que os sentimentos não mudam por distâncias geográficas. Que tudo dará certo, que tivesse coragem!
Então, lembrei de uma fábula que recebi em Belo Horizonte da professora Nélia Matias de Farias que ministrava na rede de formação de profissionais o curso gratuito de manicure e pedicure, do qual fiz parte, embora tivesse um diploma de jornalista, que mudou minha percepção sobre a forma como eu lidava com as escolhas e que espero que faça algum sentido para vocês também.

“A bruxa e o coelho viviam juntos na floresta. Um dia, a bruxa convidou o coelho para acompanhá-la a outra floresta. O coelho não queria ir, mas nada disse. Foi caminhando ao lado da bruxa, conversando. Após andarem por algum tempo, pararam para descansar. O coelho disse: Estou com sede. A bruxa arrancou uma folha de árvore, soprou-a e presenteou o coelho com uma cabaça cheia d água. O coelho bebeu a água e nada disse. Continuaram a jornada. Ao pararem novamente, o coelho disse:  Estou com fome. A bruxa pegou uma pedra, soprou-a e a transformou num punhado de rabanetes. Não era bem isso o que o coelho queria, mas aceitou os rabanetes e comeu-os. Continuaram a jornada. Um pouco depois, o coelho tropeçou e caiu, ferindo-se. A bruxa colheu folhas e pedras e, com algumas palavras mágicas, fez um ungüento que friccionou no corpo do coelho. E ficou ao lado dele até que ele melhorasse. Quando ele se curou, a bruxa transformou-se numa águia, agarrou o coelho e levantou vôo, levando-o até seu ninho e saiu voando outra vez. Ao voltar, não o encontrou mais. Um dia deu de cara com o coelho na floresta e perguntou: Por que tem se escondido de mim? Saia de perto de mim, gritou o coelho, tenho medo de você. Não gosto  de você, nem da sua mágica que vive impondo o que eu não quero! Os olhos da bruxa encheram-se de lágrimas. Ela então disse ao coelho: Eu ajudei porque pensei que fosse meu amigo. Você aceitou meus presentes mágicos e agora vira-se contra mim! Por isso, vou amaldiçoá-lo. Deste dia em diante, quando você não expressar os seus desejos, perderá a capacidade de desejar. E quando não tiver desejos e sentir medo, aquilo de que você tem medo cairá sobre você. Moral da história: Aquilo de que você sente medo cairá sobre você, e o que você temer, encontrará você”

O fato é que muitos de nos vivemos à vida assim. Deixando acontecer. Mas, tenha certeza, o que não desestabiliza não modifica. Não queira passar toda a sua existência indo e vindo de um emprego do qual exerce sempre as mesmas funções por medo. Não queira viver um casamento de fachada por que tem medo de ficar só ou porque não quer lidar com divisão de bens. Não queira acordar triste e dormir mais triste ainda porque sente um total descontentamento com sua vida. Não aceite que agora é tarde para começar, para terminar, para aprender, para fazer. Escolha!
Tudo na vida tem 50% de chance de dar certo. Não acredite em que te diz que você não consegue. Tente. Arrisque mesmo quando não tem certeza alguma.
Não deixe que a maldição da bruxa recaia sobre você, pois você tem sim o poder de escolher, escolha e seja de alguma forma, ou de todas as formas, feliz!


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Enquanto o amanhã não chega

Quando estamos em crise tendemos a nos atirar cada vez mais nela. Não porque queremos, mas porque estamos tão mergulhados nela que ficamos indo do passado ao futuro sem nos determos ao que é mais importante: o hoje!
Não há nada que você faça que vá modificar seu passado. E não há nada que possamos fazer amanhã sem presenciarmos o agora, o hoje.
Talvez agora você esteja muito cabisbaixo e tenha planejado deixar para amanhã a dieta, a procura de um novo emprego, o reparo de sua casa, casar, separar, se mudar, mudar.. Mas, será? Será que amanhã terá disposição. Será que amanhã terá tempo hábil para ser feliz?
Quem sou eu para te aconselhar. Mas, estive no lugar que você está. Por anos!
Achava que não poderia. Não conseguiria. Confesso, mudar não é nada fácil e nem indolor.
É quase como cortar a pele com uma navalha sem fio (exercitando minha veia dramática), mas quando as feridas começam a cicatrizar você passa a compreender cada corte e cada dor.
Perdoe. Perdoe-se. Permita-se. Entregue-se. Não tenha medo!
A única mudança possível é em você e hoje. Pois amanhã talvez não chegue.
Coincidência ou não, enquanto estava escrevendo esse texto, encontrei entre papeis esse que compartilho no desejo sincero, que hoje, seja o dia ideal para ser feliz.

Amanhã
            (O Chapeleiro – Alice no País das Maravilhas)


Quando o amanhã te achar, não terá mais como fugir, tão pouco procurar por detalhes irreais, que te fazem crer em um mundo real, não há mais temores, deixemos os medos lá fora, junto com toda a nuvem e seu cérebro, que te impede de ser quem é. Ache a raiz da sua vida e mostre ao mundo suas cores sem se preocupar com o ontem, não adianta lamentar, ele já se foi.
Até o amanhã te encontrar, temos todo o melhor tempo desse mundo para nos entregar a vida e fazer de nossa existência algo real, vivo, pulsante.
Mal consigo contar os minutos para o amanhã nos achar, passar o resto da vida ao seu lado, amar suas cores, seus medos, e juntos enfrentar esse nevoeiro que nos impede der ser quem somos.
Se é para ser feliz, que sejamos agora, antes que o amanhã nos ache de novo.





sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A pessoa que gostaria de ser

A pessoa que eu gostaria de ser saberia tocar violão e cantar,
fazer fotografias e se maquiar.
A pessoa que eu gostaria de ser teria uma infinidade de vestidos para escolher..
braços cobertos de pulseiras e muitas opções do que calçar.
A pessoa que eu gostaria de ser seria culta, falaria manso e riria pacificamente.
Teria na estante livros clássicos e modernos e um sofá para lê-los.
A pessoa que eu gostaria de ser acordaria cedo para correr e se alimentaria normalmente, sem grandes problemas com a alimentação e viveria em paz com seu corpo.
A pessoa que eu gostaria de ser teria dinheiro no banco para financiar viagens e retornos ao lar.
A pessoa que eu gostaria de ser teria encontros semanais com amigas
Um lar harmonioso com cheiro de alecrim
Um amor para abraçar a noite e filhos a quem abençoar.
A pessoa que gostaria de ser saberia escrever lindas histórias.



terça-feira, 16 de junho de 2015

Com você

Só vou se você for,
Só fico se você ficar ...



Escolhas

A vida é frágil, sabemos!
Mas, o que muitos desconhecem, é que as relações humanas são muito mais.
Diante da blindagem, vem a vaidade.
Aquilo que te feriu. A quem você feriu.
O que fizeste para ter algo, o que o outro o fez para tê-lo.
O que somos, o que temos, o que fazemos.
Acreditamos que sabemos o que é melhor para o outro. E o outro, para ti.
E todos julgamos.
E, podendo, interferimos.
Então, fica difícil acreditar.
Aceitar as pessoas como elas são.
Amar.
Perdoar.
Conviver.
Afinal, a verdade está comigo.
E a tua verdade, está contigo.
O consenso?
Ficou lá do lado de fora.Quase que inexistente.
Cada um para o seu lado. Até que tudo seja dito, mesmo sem nada a dizer.
Talvez algum dia aja o tempo do saber que o caminho para ser feliz é cada um fazer sua escolha e arcar com elas.
É cada um cuidar da sua vida. Ocupar-se de verdade dessa...
A  sua vida.
O querer bem, na minha modesta opinião de nada tem haver com o fazer escolhas pelo o outro.
E não há verdade a ser dita.
Apenas escolhas.






Conversas imaginárias

Não sei por que tem sido tão difícil escrever. Sempre o considerei tão fácil.
O fato que toda vez que abro a página os dedos travam, mas os sentimentos, não. Permanecem aqui, como um Tsunami.
Vagueio entre páginas, perfis, livros, roupas, músicas.
Passeio na praia.
Sento-me em frente ao mar e canto em voz alta a música que ecoa no fone de ouvido.
Tenho conversas imaginárias com meu ex-terapeuta.
Assim como imagino como tem sido a vida de mãe da minha melhor amiga e das coisas extraordinárias que Nina (sua filha de 1 ano e cinco meses  - se não me engano-) tem a feito sorrir e chorar, e das vezes que ela tem dito para si mesmo: "como gostaria que tu visse isso amiguxa!.
Queria saber como é ter alguma certeza.
Eu não tenho nenhuma.



Falas do coração

Muitas vezes peguei o papel e a caneta para te rascunhar.
Depois de formado a frase, as palavras eram relidas, riscadas e descartadas.
Não queria te dizer nada que me vitimizasse. Nem nada que pudesse te machucar.
Como escrever?
O amor não consegue dizer e a ausência não consegue calar.
Quando vejo, me pego torcendo para que estejas feliz.
Feliz como sempre achei que o fizesse, feliz como sempre quis ser.
Se pudesse ainda te guardar em meus braços, abraços..
Não o podendo simplesmente te guardo aqui.
Até um dia, um talvez, um reencontro.