Toda mudança gera desconforto, dor e tristeza. Uns lidam
melhor com isso, outros, nem tanto. Acredito que sou da turma dos nem tanto.
Já iniciei terapia, comecei a ir à igreja, e estou tentando
me enquadrar na pessoa que esperam que eu seja.
O terapeuta já me disse, que por mais que eu tente, nunca
conseguirei ser o que os outros querem, e mesmo que eu consiga, nunca serei
feliz.
E não é que me parece que ele tem razão?
Na igreja, o palestrante me falou sobre todos os motivos que
temos para ser triste, mas uma só para ser feliz. E a fé (vendo a Arena lotada
de pessoas devotas) acredito, move montanhas.
Eu não quero ser triste. A tristeza faz parte, mas passar o
tempo todo triste, não!
Então chega. O que tenho é isso. O lugar que estou e a
pessoa que sou.
Se queres ser feliz comigo, sejamos. Se não quer, paciência,
sigo eu.
Uma pessoa do qual tenho muita estima me disse: “eu tenho problemas com 85% das pessoas
próximas (...). Não choro mais por isso. Problemas todos têm. E problemas
cabeludos. Desculpa, mas não vou passar a mão na tua cabeça. Tu precisas de uma
chacoalhada. Sério. Não quero ser duro contigo, mas lamento te dizer: a gente
precisa conviver com os problemas. Não existe vida imune”.
Então você engole o choro e pensa!
Comecei por esse texto. Assim daria tempo para secar os
olhos encharcados de tantas lágrimas. Ao terminá-lo, vou dar uma caminhada na
vila. Não antes de tentar arrumar a juba (cabelo). Sentir o sol no rosto e doer
nos olhos inchados. O depois disso, ainda é mistério.
E me convencendo de que há muita vida depois da porta da
minha casa, ele concluiu: “Te quero
feliz! Tristeza não combina contigo. É um desperdício”.
Sorri.
E, por enquanto, me pareceu um bom plano. Portanto, meus
caros, lavem esse rosto, alinhem a postura, respirem fundo e vão à luta. Vamos?
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