terça-feira, 28 de outubro de 2014

Desperdício e deixar a vida passar

Toda mudança gera desconforto, dor e tristeza. Uns lidam melhor com isso, outros, nem tanto. Acredito que sou da turma dos nem tanto.
Já iniciei terapia, comecei a ir à igreja, e estou tentando me enquadrar na pessoa que esperam que eu seja.
O terapeuta já me disse, que por mais que eu tente, nunca conseguirei ser o que os outros querem, e mesmo que eu consiga, nunca serei feliz.
E não é que me parece que ele tem razão?
Na igreja, o palestrante me falou sobre todos os motivos que temos para ser triste, mas uma só para ser feliz. E a fé (vendo a Arena lotada de pessoas devotas) acredito, move montanhas.
Eu não quero ser triste. A tristeza faz parte, mas passar o tempo todo triste, não!
Então chega. O que tenho é isso. O lugar que estou e a pessoa que sou.
Se queres ser feliz comigo, sejamos. Se não quer, paciência, sigo eu.
Uma pessoa do qual tenho muita estima me disse: “eu tenho problemas com 85% das pessoas próximas (...). Não choro mais por isso. Problemas todos têm. E problemas cabeludos. Desculpa, mas não vou passar a mão na tua cabeça. Tu precisas de uma chacoalhada. Sério. Não quero ser duro contigo, mas lamento te dizer: a gente precisa conviver com os problemas. Não existe vida imune”.
Então você engole o choro e pensa!
Comecei por esse texto. Assim daria tempo para secar os olhos encharcados de tantas lágrimas. Ao terminá-lo, vou dar uma caminhada na vila. Não antes de tentar arrumar a juba (cabelo). Sentir o sol no rosto e doer nos olhos inchados. O depois disso, ainda é mistério.
E me convencendo de que há muita vida depois da porta da minha casa, ele concluiu: “Te quero feliz! Tristeza não combina contigo. É um desperdício”.
Sorri.
E, por enquanto, me pareceu um bom plano. Portanto, meus caros, lavem esse rosto, alinhem a postura, respirem fundo e vão à luta. Vamos?



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