sábado, 31 de maio de 2014

o Hoje

Essa viagem chamada VIDA me levou a muitos experimentos.
De poucos me orgulho.
De alguns me arrependo.
De outros recordo
E de todos, aprendo.
Nesta aventura me delicio com o significado do HOJE.
Assim como contam os moribundos, os acamados, todo dia é ÚNICO.
Tudo está inacabado, mas nada posso fazer, a não ser, viver o dia, aquele dia.
Tenho me desfeito de caixas, de móveis, papéis.
Cada encontro é uma despedida.
Meu olhar é atento as cores.
Meus sentidos ao cheiro, ao gosto.
Teu olhar procura.
O meu, se despede.
Não carrego culpa por ter vagabundiado por mais tempo na cama.
Por ter parado para o café, mate, conversa.
Não busco mais ser rica.
Busco me sentir feliz, fazer feliz.
Tenho recusado discussões desnecessárias.
Aprecio o sono, embora ele não tenha feito moradia. Já chorei, reclamei, esperneei, em vão.
Ele só vem quando o convém. Tenho aprendido com ele, com sua presença e ausência
Tenho me permitido: ao jogo, ao encontro, ao desejo.
Me dispo de preconceitos: ouço, observo, me ausento.
Mas quando fico o faço com verdade, carinho e entrega.
Quando machuca, recuo.
É...
Nesta casa onde viveu uma mulher, dois meninos, duas gatas e uma cadela teve histórias.
Cultivou o seu jardim. Pintou sua parede e compreendeu que não somos o que temos.
O que temos serve o nosso sustento, nosso conforto.
Quem somos transforma as pessoas. Muda o mundo (pelo menos o seu).
O hoje de hoje chove. Faz frio.
Mas cabe numa cama grande e quente.



Nenhum comentário:

Postar um comentário