sábado, 12 de fevereiro de 2011

Superação

ÓDIO. S.M 
Aversão inveterada e absoluta; raiva; rancor; antipatia.
Traduzindo: eu quero seu sangue!


                                                                               ***


Uma vez ouvi em uma reportagem que amigos são a cura da alma... Combinei com minha melhor amiga passar o fim de semana com ela... Ela abriu mão de um encontro afetivo por mim...

Vinho. Música. Palavras.

Janta: bifinho delicioso (depois de passar o dia a um pastel assado italiano e um capuccino) e salada.
Filminho e uma deliciosa Zillertal. Eu já tinha assistido aquele filme. Mas resolvemos vê-lo juntas. Ela chorou exatamente nas mesmas parte que eu.


Andressa é deliciosa.. leve, amiga. Daquele tipo de pessoa que você liga quando está se sentindo sem saída e sua leveza te faz rir de si próprio. O seu silêncio: cúmplice. Seu olhar: cúmplice. Seu sorriso: cúmplice. Aliás, nos conhecemos só de nos olharmos.


Deitar foi a parte mais difícil daquele dia. Por mais que você não queira pensar, você pensa e mais: sente...
Me descobri sentada na porta do banheiro para aproveitar a luz acesa para escrever... 
Escrever o que? Estraguei tudo... já era! Eu nunca soube ficar em silêncio. 
Deitei na cama. As lágrimas veio, o sono também.


***


DOR S.F| S.F.PL
DOR| SUF
s.f 
1. Sensação mais oi menos aguda mas que incomoda= mal, padecimento, sofrimento # bem-estar, prazer;
1. Sensação emocional ou psicológica que causa sofrimento = desgosto, mágoa, pesar.


CORAÇÃO (Ó)
s.f
Cora
s.m

1. Órgão musculoso, centro da circulação do sangue.
2. Parte exterior do corpo correspondente ao coração.
3. Fig. Sentimentos.
4. Sensibilidade, afeição, amor.
5. Consciência.
6. Coragem, valor.
7. Voz secreta.
8. Centro, parte mais central.
9. Cerne (da árvore).
10. Técn. Peça angular numa intersecção de via-férrea.
11. Bras. Varanda.


Traduzindo: DOR NO CORAÇÃO - fase 2


Acordar foi incomparavelmente mais doloroso. Consegui entrar no lugar do outro. Sinto o pesar da minha parcela de culpa. Abrir a porta do quarto e ver que minha amiga havia deixado a mesa posta pra mim (ela dormiu tarde, acordou cedo e ainda tinha de ir trabalhar, tudo por mim)  um bilhete amável na agenda dizendo voltar breve me pos a chorar: isso se chama cuidado com o outro = amor. 


De tempos em tempos eu sentia a fisgada no coração: coração partido. 
Eu queria ser diferente, mas não sou. Sento no sofá para ler meu livro. Tudo que preciso é não pensar... vai passar. Eis que diz no livro:



"Deus vive dentro de você, como você.'
COMO você.
Se existe uma única verdade nesse ioga, essa frase a resume. Deus vive dentro de você como você mesmo, exatamente da maneira que você é. Deus não está interessado em ver você executar uma pantomima de personalidade, de forma a corresponder a alguma idéia maluca que tenha sobre a aparência ou o comportamento de alguém espiritualizado. Nós todos parecemos ter uma idéia de que, para sermos sagrados, precisamos operar alguma mudança imensa e dramática em nosso caráter, precisamos renunciar a nossa individualidade. Esse é um exemplo clássico do que, no Oriente, é chamado de pensamento errado". Swamiji costumava dizer que, a cada dia, as pessoas que renunciam encontram algo novo a que renunciar, mas que, em geral, o que elas conseguem é uma depressão, não a paz. Ele ensinava constantemente que a austeridade e a renúncia - por si sós - não são aquilo de que você precisa. Para conhecer Deus, você só precisa renunciar a
uma coisa - à noção de que é algo distinto de Deus. Fora isso, simplesmente permaneça como foi criado, dentro do seu caráter natural.
Então, qual é o meu caráter natural? Adoro estudar neste ashram, mas o meu sonho de encontrar a divindade passeando silenciosamente por aqui com um sorriso delicado e etéreo - quem é essa pessoa? Provavelmente alguém que vi em um programa de TV. A realidade é que é um pouco triste para mim reconhecer que nunca serei essa pessoa. Sempre fui tão fascinada por essas almas etéreas, delicadas. Sempre quis ser a moça silenciosa. Provavelmente, justamente porque não sou. É o mesmo motivo que me leva a achar tão bonitos cabelos grossos, escuros - justamente porque não os tenho, porque não posso tê-los. Em algum momento, porém, é preciso se contentar com aquilo que se recebeu e, se Deus quisesse que eu fosse uma moça tímida de cabelos grossos e escuros, Ele teria me criado assim, mas não criou. Talvez, então, seja útil aceitar como fui criada e assumir plenamente a mim mesma desse jeito. Ou então, como dizia Sexto, o antigo filósofo pitagoriano: "O homem sábio é sempre semelhante a si mesmo."
Isso não significa que eu não possa ser devota. Não significa que eu não possa ser inteiramente derrubada e soterrada pelo amor de Deus. Não significa que eu não possa servir à humanidade. Não significa que não possa melhorar a mim mesma como ser humano, aprimorando minhas virtudes e trabalhando diariamente para minimizar meus vícios. Por exemplo, nunca serei uma pessoa calada, mas isso não significa que eu não possa dar uma boa olhada nos meus hábitos de fala e alterar alguns aspectos, melhorando-os - trabalhar dentro da minha personalidade. Sim, eu gosto de falar, mas talvez não precise dizer tantos palavrões, e talvez nem sempre precise despertar o riso fácil, e talvez não precise falar sobre mim mesma de forma tão constante. Ou então, um conceito mais radical - talvez eu possa parar de interromper os outros quando eles estiverem falando. Porque, por mais que eu seja criativa no meu hábito de interromper, não consigo encontrar outra maneira de vê-lo que não: "Acho que o que estou dizendo é
mais importante do que o que você está dizendo." E não consigo encontrar outra maneira de ver isso que não: "Acho que sou mais importante do que você." E isso precisa parar.
Todas essas mudanças seriam úteis. Mas mesmo assim, mesmo com modificações significativas nos meus hábitos de fala, provavelmente jamais serei conhecida como Aquela Moça Quietinha. Por mais que essa imagem seja atraente, e por mais força que eu
faça, Porque precisamos ser totalmente honestos em relação a com quem estamos lidando aqui". (Comer, rezar, amar - Elizabeth Gilbert) 


Quando minha amiga chegou em casa eu devia estar com a cara comparável a de um cão que caí na mudança. Ela não me disse nada a respeito. Falamos sobre coisas normais e caímos no passado. Amores do passado... Essa parte foi engraçada. Falar deles é testemunhar contra mim, mas acreditem, foi engraçado.... 


Rua. Corte de cabelo. Risadas

Em casa assistimos outro filme. Tomamos um chimarrão. A dor de cabeça que me acompanhou desde que acordei já havia parado. Depois agilizamos seu encontro amoroso. Espantar o nervoso dela, minha dor no coração, uma taça de vinho e músicas... ela ainda tem um toca discos... na sua seleção dançamos e cantamos:

Adoro - Léo Jaime
Mordida de amor - yahoo
http://www.youtube.com/watch?v=KlL0N-bKRHU
Pump up The Jam - Technotronic
http://www.youtube.com/watch?v=KyK9YDYyhLY
 
                                                                              ***

Fim de mais um dia... encontro outro refúgio.. Do virtual algumas coisas boas vieram me salvar... Obrigada Lia por sua sensatez, carinho, paciência, 'ouvidos', coração. 
Amanhã começo a traçar metas ... hora de cuidar melhor de mim!





Um comentário:

  1. Lia me mandou essa mensagem:
    Em Vc, eu falo e ouço a mim....
    Com Vc eu vôo e pouso, tendo a sensação/certeza que percorri alguns kilômetros a mais (abençoados pela sua companhia...)
    Se de mim vem o melhor, o que te acalenta, te apazigua minha alma se sente grata... pelo encontro oportuno e pela dádiva de poder ser e estar alimentando a sua alma.... Grandeee beijo.... Grandeee Cris....Grandeeee Vida.....

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