quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Lenine - "É O Que Me Interessa"


Daqui desse momento
Do meu olhar pra fora
O mundo é só miragem
A sombra do futuro
A sobra do passado
Assombram a paisagem.
Quem vai virar o jogo
E transformar a perda
Em nossa recompensa
Quando eu olhar pro lado
Eu quero estar cercado
Só de quem me interessa.
Às vezes é um instante
A tarde faz silêncio
O vento sopra a meu favor
Às vezes eu pressinto e é como uma saudade
De um tempo que ainda não passou
Me traz o seu sossego
Atrasa o meu relógio
Acalma a minha pressa
Me dá sua palavra
Sussurra em meu ouvido
Só o que me interessa.
A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa.







quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Isso se chama FELICIDADE

Tudo que eu conseguia era imaginar o vento batendo no meu braço direito (engessado há 20 dias) e sorrir..
sentia a alma dançando..
a efêmera felicidade contida em um braço livre...

Minha felicidade era percebida pelas atendentes, pelos pacientes, pelo médico.. eu não conseguia calar...

Então, uma das atendentes me contou que estava feliz com seu 1 ano de relacionamento e a outra me revelou conformada com o seu de 13 anos que pelo menos lhe bancava a vida que tinha..

O Sr. que quase perdeu a vida em um acidente e que decorrente dele teve de se aposentar por invalides e tem de fazer uma operação na laringe que lhe tirará a voz, mas que vai lhe dar condições de qualidade de vida, pois hoje quase não consegue respirar, mas, que é muito grato por estar vivo e que dedica seu tempo ao voluntariado...

A esposa que acompanhava o Sr. que fez uma cirurgia do pulso e estava PUTA da cara pelo mal atendimento ... e ainda sim.. riu muito comigo!

A enfermeira apaixonada pela sua profissão que me disse que ver pessoas felizes, como eu, por sua recuperação a fazem ter satisfação pelo que faz,. e sua cumplicidade no momento que lhe revelei que quase me caguei de medo daquela serra... rimos juntas...

A minha sandália que arrebentou a tira me fazendo arrastar os pés pelo corredor e sorrir...

O médico que me aconselhou que minha recuperação depende de mim, além da sugerida fisioterapia, aliás, prescrita, me fazendo calar e  lhe observar,  e lhe perguntar: "Isso significa não fazer arte?" e ele me responder com ênfase: "Pelo contrário, fazer muita arte!" Me fazendo com um sorrisão lhe retrucar: "falaste com a pessoa certa!"  e ele ao despedir-se: "se cuida menina!"

Feliz, feliz e feliz...

Passei horas acariciando o braço.. lhe sentindo.. lhe medindo.. lhe observando...

Eis que descubro... isso se chama: felicidade!




domingo, 13 de fevereiro de 2011

5 itens...


  1. ACEITE QUEM VOCÊ É;
  2. ACEITE OS JULGAMENTOS DE COMO O OUTRO TE LÊ;
  3. PERDOE A SI MESMO POR TUDO QUE NÃO DEU CERTO;
  4. ACEITE QUE VOCÊ É MERECEDORA DO AMOR ( SEJA QUAL FOR);
  5. ACEITE QUE ÉS CAPAZ.


Confiança e perseverança...



sábado, 12 de fevereiro de 2011

Superação

ÓDIO. S.M 
Aversão inveterada e absoluta; raiva; rancor; antipatia.
Traduzindo: eu quero seu sangue!


                                                                               ***


Uma vez ouvi em uma reportagem que amigos são a cura da alma... Combinei com minha melhor amiga passar o fim de semana com ela... Ela abriu mão de um encontro afetivo por mim...

Vinho. Música. Palavras.

Janta: bifinho delicioso (depois de passar o dia a um pastel assado italiano e um capuccino) e salada.
Filminho e uma deliciosa Zillertal. Eu já tinha assistido aquele filme. Mas resolvemos vê-lo juntas. Ela chorou exatamente nas mesmas parte que eu.


Andressa é deliciosa.. leve, amiga. Daquele tipo de pessoa que você liga quando está se sentindo sem saída e sua leveza te faz rir de si próprio. O seu silêncio: cúmplice. Seu olhar: cúmplice. Seu sorriso: cúmplice. Aliás, nos conhecemos só de nos olharmos.


Deitar foi a parte mais difícil daquele dia. Por mais que você não queira pensar, você pensa e mais: sente...
Me descobri sentada na porta do banheiro para aproveitar a luz acesa para escrever... 
Escrever o que? Estraguei tudo... já era! Eu nunca soube ficar em silêncio. 
Deitei na cama. As lágrimas veio, o sono também.


***


DOR S.F| S.F.PL
DOR| SUF
s.f 
1. Sensação mais oi menos aguda mas que incomoda= mal, padecimento, sofrimento # bem-estar, prazer;
1. Sensação emocional ou psicológica que causa sofrimento = desgosto, mágoa, pesar.


CORAÇÃO (Ó)
s.f
Cora
s.m

1. Órgão musculoso, centro da circulação do sangue.
2. Parte exterior do corpo correspondente ao coração.
3. Fig. Sentimentos.
4. Sensibilidade, afeição, amor.
5. Consciência.
6. Coragem, valor.
7. Voz secreta.
8. Centro, parte mais central.
9. Cerne (da árvore).
10. Técn. Peça angular numa intersecção de via-férrea.
11. Bras. Varanda.


Traduzindo: DOR NO CORAÇÃO - fase 2


Acordar foi incomparavelmente mais doloroso. Consegui entrar no lugar do outro. Sinto o pesar da minha parcela de culpa. Abrir a porta do quarto e ver que minha amiga havia deixado a mesa posta pra mim (ela dormiu tarde, acordou cedo e ainda tinha de ir trabalhar, tudo por mim)  um bilhete amável na agenda dizendo voltar breve me pos a chorar: isso se chama cuidado com o outro = amor. 


De tempos em tempos eu sentia a fisgada no coração: coração partido. 
Eu queria ser diferente, mas não sou. Sento no sofá para ler meu livro. Tudo que preciso é não pensar... vai passar. Eis que diz no livro:



"Deus vive dentro de você, como você.'
COMO você.
Se existe uma única verdade nesse ioga, essa frase a resume. Deus vive dentro de você como você mesmo, exatamente da maneira que você é. Deus não está interessado em ver você executar uma pantomima de personalidade, de forma a corresponder a alguma idéia maluca que tenha sobre a aparência ou o comportamento de alguém espiritualizado. Nós todos parecemos ter uma idéia de que, para sermos sagrados, precisamos operar alguma mudança imensa e dramática em nosso caráter, precisamos renunciar a nossa individualidade. Esse é um exemplo clássico do que, no Oriente, é chamado de pensamento errado". Swamiji costumava dizer que, a cada dia, as pessoas que renunciam encontram algo novo a que renunciar, mas que, em geral, o que elas conseguem é uma depressão, não a paz. Ele ensinava constantemente que a austeridade e a renúncia - por si sós - não são aquilo de que você precisa. Para conhecer Deus, você só precisa renunciar a
uma coisa - à noção de que é algo distinto de Deus. Fora isso, simplesmente permaneça como foi criado, dentro do seu caráter natural.
Então, qual é o meu caráter natural? Adoro estudar neste ashram, mas o meu sonho de encontrar a divindade passeando silenciosamente por aqui com um sorriso delicado e etéreo - quem é essa pessoa? Provavelmente alguém que vi em um programa de TV. A realidade é que é um pouco triste para mim reconhecer que nunca serei essa pessoa. Sempre fui tão fascinada por essas almas etéreas, delicadas. Sempre quis ser a moça silenciosa. Provavelmente, justamente porque não sou. É o mesmo motivo que me leva a achar tão bonitos cabelos grossos, escuros - justamente porque não os tenho, porque não posso tê-los. Em algum momento, porém, é preciso se contentar com aquilo que se recebeu e, se Deus quisesse que eu fosse uma moça tímida de cabelos grossos e escuros, Ele teria me criado assim, mas não criou. Talvez, então, seja útil aceitar como fui criada e assumir plenamente a mim mesma desse jeito. Ou então, como dizia Sexto, o antigo filósofo pitagoriano: "O homem sábio é sempre semelhante a si mesmo."
Isso não significa que eu não possa ser devota. Não significa que eu não possa ser inteiramente derrubada e soterrada pelo amor de Deus. Não significa que eu não possa servir à humanidade. Não significa que não possa melhorar a mim mesma como ser humano, aprimorando minhas virtudes e trabalhando diariamente para minimizar meus vícios. Por exemplo, nunca serei uma pessoa calada, mas isso não significa que eu não possa dar uma boa olhada nos meus hábitos de fala e alterar alguns aspectos, melhorando-os - trabalhar dentro da minha personalidade. Sim, eu gosto de falar, mas talvez não precise dizer tantos palavrões, e talvez nem sempre precise despertar o riso fácil, e talvez não precise falar sobre mim mesma de forma tão constante. Ou então, um conceito mais radical - talvez eu possa parar de interromper os outros quando eles estiverem falando. Porque, por mais que eu seja criativa no meu hábito de interromper, não consigo encontrar outra maneira de vê-lo que não: "Acho que o que estou dizendo é
mais importante do que o que você está dizendo." E não consigo encontrar outra maneira de ver isso que não: "Acho que sou mais importante do que você." E isso precisa parar.
Todas essas mudanças seriam úteis. Mas mesmo assim, mesmo com modificações significativas nos meus hábitos de fala, provavelmente jamais serei conhecida como Aquela Moça Quietinha. Por mais que essa imagem seja atraente, e por mais força que eu
faça, Porque precisamos ser totalmente honestos em relação a com quem estamos lidando aqui". (Comer, rezar, amar - Elizabeth Gilbert) 


Quando minha amiga chegou em casa eu devia estar com a cara comparável a de um cão que caí na mudança. Ela não me disse nada a respeito. Falamos sobre coisas normais e caímos no passado. Amores do passado... Essa parte foi engraçada. Falar deles é testemunhar contra mim, mas acreditem, foi engraçado.... 


Rua. Corte de cabelo. Risadas

Em casa assistimos outro filme. Tomamos um chimarrão. A dor de cabeça que me acompanhou desde que acordei já havia parado. Depois agilizamos seu encontro amoroso. Espantar o nervoso dela, minha dor no coração, uma taça de vinho e músicas... ela ainda tem um toca discos... na sua seleção dançamos e cantamos:

Adoro - Léo Jaime
Mordida de amor - yahoo
http://www.youtube.com/watch?v=KlL0N-bKRHU
Pump up The Jam - Technotronic
http://www.youtube.com/watch?v=KyK9YDYyhLY
 
                                                                              ***

Fim de mais um dia... encontro outro refúgio.. Do virtual algumas coisas boas vieram me salvar... Obrigada Lia por sua sensatez, carinho, paciência, 'ouvidos', coração. 
Amanhã começo a traçar metas ... hora de cuidar melhor de mim!





quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A dança da alma


... A primeira vez que vi pessoalmente Cris (nome substituído para preservar meu amigo) foi no @ café.. era verão escaldante... eu estava sentada na minha bancada de cabeça baixa preenchendo um currículo Lattes, minha irmã queria fazer um mestrado e eu estava ajudando. Então, ouço aquela porta, fechada pelo ar condicionado, abrir-se abruptamente e uma voz de trovão ecoando pelas paredes branca com vermelho do meu ambiente, dizendo algo como: “então é aqui que se esconde a garota @café”!?
Perdi o ar, que tive de resgatá-lo urgentemente, antes que ele tivesse a certeza que meus pensamentos deduziram que eu havia encontrado o homem da minha vida.. (tolinha!!! há tantos outros fatores somados a primeira impressão, enfim...)
Vertigem e alegria... meus lábios se abriram em um largo sorriso, meus braços se abriram na colhida de um doce abraço.
Tenho para mim que a primeira impressão é a que fica. Cris vestia uma camisa branca, jeans com sapato, e seu complemento, óculos rayban (eu acho), um charme estonteante. Alto (eu sou baixa), costas largas, voz firme, desses que faz todos pararem de falar quando se anuncia, olhar atento, cheiroso, sorridente, atencioso. Foi até meu filho, que passa o tempo aqui comigo, e o cumprimentou, registrou suas impressões, me pediu um café e sentou-se..
Enquanto eu preparava seu café passado, ele falava e eu fingia escutar, pois naquele momento, tudo que eu ouvia era a minha voz me dizendo: para de tremer, para de tremer, para de tremer, para de tremer... 
Lhe servi o café, peguei a minha xícara para acompanhá-lo e sentei a sua frente e meus olhos o fitavam, encantadamente: que tragédia!
Eu, estava com o cabelo, lambido e preso, pois, inventei no último corte exigir da minha cabeleireira que repicasse os meus cabelos. Sou da teoria que cabelos crescem, e gosto de arriscá-los. No máximo, passar um tempo de patinho feio... não perderia o casamento. Mas, naquele momento, pelo menos naquele,  o ideal seria não ter arriscado.
Somado a isso, a manicure estava de férias, mãos e pés por fazer, sandália rasterinha nos pés, roupa de andar todos os dias, e nem um grão de maquiagem nesse rosto trintona: era o fim da várzea! Eu não conseguia relaxar. Ele tentava pegar a minha mão eu a tomava, entre um discurso e outro, eu esticava as pernas, lembrava dos meus pés: os encolhia de volta. E para somar a tudo isso, de todos os assuntos superficiais que rondamos, só me lembrava do trágico assunto de cocô... rs.. Ele me perguntou sobre meu filho menor, e como eu estava passando pelo sufoco do menino não ir aos pés e todos os dramas decorrentes, paramos no assunto  cocô...  era as trevas como diria a personagem adolescente de alguma novela.
Quando ele saiu, fiquei horas e horas tentando me recompor.. meu corpo todo tremia, me sentia caindo de um prédio de 80 andares... (isso é bem alto né?)...
Daquele dia em diante prometi para mim mesmo que nunca mais iria trabalhar sem me arrumar. Pó e rímel são os melhores amigos de uma mulher. Continuamos na amizade. Então, houve a possibilidade de uma segunda chance: ele reapareceria.
Eu já havia o desmistificado,   mesmo porque ele se encarregou de me atirar no penhasco da realidade, seu carinho por mim era fraterno! Mas poderia me redimir... Bingo!
Os cabelos soltos, mas rebeldemente arrumado... calça social preta, blusinha preta, lenço no pescoço e uma sandalinha de saltinho baixo e maquiagem. A as unhas? Não recordo, deviam estar em ordem, pois elas não me preocupavam. Adentra-me aquela voz de trovão com mais dois colegas. Sabe lá Deus sua frase de entrada. Fui ao seu cumprimento num carinhoso abraço (que homem cheiroso), aquele blazer macio e deslizante da cor azul..  azul marinho. Acolhi seus colegas, ouvi seus pedidos e fui ao meu recinto lhes preparar o café. Legitimo leonino conduziu a todos.
Merda! eu dizia a mim mesmo. Como vou lhes servir tremendo? Naquele momento eram 3 pares de olhos a me observar: 'para de tremer, para de tremer, para de tremer’.. respirei fundo e fui... não sabia como me portar.. sentava com eles ou não? Fiquei em pé, ao lado da mesa, enquanto trocávamos informações, voltei ao meu balcão.
O breve café foi tomado e o tempo corrido, os convida para partirem. Via nos olhos dele que a impressão era outra, e meu contentamento também. E a promessa de 'vamos nos falar com mais tempo', ficou na gentileza do quero saber mais de você, passar mais tempo com você...
O tempo passa a fila anda, e tudo vira recordação. Continuo perdidamente apaixonada por ele: a paixão real de que se tem por um alguém , sabendo que esse não é para ti. Apenas um amigo, um lindo e carinhoso amigo que coloca sempre a minha alma pra dançar sempre que nos falamos....  




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Seus planos

Hoje quero aquela nossa fotografia em sua mesa, além dela, tatuada em seu coração;
Quero passear de mãos dadas e ser roubada por vários beijos;
Que me pegue pelo rosto e mire no olhar...sem dizer nada me dizendo tudo.

Quero almoços de família e sexo de amantes;
quero nossos sonhos, nossos planos em comum;
Os nossos risos, nossa entrega e nossa cumplicidade;
Quero que confesses estar apaixonado por mim e 
que está em seus planos me fazer feliz por longos, 
longos e longos anos....



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Entusiasta

Aos que nunca acharam que conheceriam,
  que conseguiriam,
     reconheceriam...

Eu, entusiasta, espero,
   cada brilho no olhar,
     cada rosto corado,
       cada sorriso largo...

t.o.d.o.s  os dias...