segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sem hora marcada

O que somos perante a morte?
Fracos, frágeis, impotentes..
Num dia temos planos, rotinas, afazeres, sonhos..
No outro, com sorte, seremos saudades, lembranças ou apenas mais um..
Sei que é inevitável, que o fim é para todos.. mas pensar nas coisas que não fiz ainda, não disse, não descobri, não conheci, não vivi...
Sei que a morte não tem hora marcada.. não nos dá tempo para que possamos terminar um projeto, despedirmos, realizarmos, ela vem e nos toma.. sem querer saber dos danos causados, do vazio que é deixado...
Poderíamos não deixar nada para depois? Como? Se a falta de tempo nos consome.. a falta de coragem nos paralisa..
Como poderíamos viver cada dia como se  fosse o último.. como nos desprender dos planos, das expectativas, da esperança do amanhã...
como?...

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