domingo, 25 de dezembro de 2011

Há sempre duas mulheres para conhecer antes daquela que o espera.

" Tirou do bolso um objeto do tamanho de uma caixa de fósforos. 'É pra você'. Rasguei o papel e descobri um minúsculo cofre de madeira fechado com um ganchinho. Abri. Sobre um papel de seda, havia três minúsculas estatuetas, três mulheres nuas, de cores diferentes. Surpresa.
' Trouxe-as do México, sem ter a menos idéia do que se passava com você. Esse país conhece a arte de encontrar as portas secretas que levam ao interior dos pensamentos. Por que três mulheres? Porque uma história nunca vale por si mesma e no amor a armadilha consiste em estar obcecada por uma só. 

Observa a primeira. Tem olhos abertos, os dedos apertados. É a mulher que dá.

A segunda tem os dedos abertos. É a que toma. 

Agora, olhe com atenção a terceira.

Tem os olhos fechados, as mãos cruzadas sobre o ventre. O que pensa ela?

'Não sabia o que responder. Ela parecia sem vida... - Está morta? - Arrisquei.

- Não. Ela espera - disse Vladimir.

- Há sempre duas mulheres para conhecer antes daquela que o espera" 


O próximo amor. Yves Simon.  p. 90-91. 




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