terça-feira, 24 de setembro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Sabe?
Sabe quando você quer muito dormir e ao mesmo tempo, não?
Sabe quando você quer muito uma coisa e ao mesmo tempo, não?
Sabe quando você quer muito saber a verdade e ao mesmo tempo, não?
Sabe quando você desconfia das pessoas que se apaixonam muito rápido, mas ao mesmo tempo quer acreditar?
Sabe quando você vive se perguntando quando isso tudo vai acabar e ao mesmo tempo morre de medo do fim?
Sabe quando você não sabe por onde recomeçar e fica no vácuo?
Sabe quando você quer muito uma coisa e ao mesmo tempo, não?
Sabe quando você quer muito saber a verdade e ao mesmo tempo, não?
Sabe quando você desconfia das pessoas que se apaixonam muito rápido, mas ao mesmo tempo quer acreditar?
Sabe quando você vive se perguntando quando isso tudo vai acabar e ao mesmo tempo morre de medo do fim?
Sabe quando você não sabe por onde recomeçar e fica no vácuo?
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Pode ser, pode ser.. .
Coisa que não aprecio é fazer refeições na rua sozinha. Por questão de sobrevivência, enfrento.
Depois de algum tempo almoçando sanduíche, resolvi entrar num restaurante que sempre que passava pela frente, achava simpático e até pensava em conhecer.
Primeiro dia, entrei quieta e bem depois do horário de pico (onde os restaurantes se encontram atolados de gente). Fui até o fim dele e me sentei em uma dessas mesas para no máximo duas pessoas. Comidinha caseira, garçons atenciosos, donos atentos. Resolvi retornar.
No outro dia refiz o mesmo ritual. Mas o restaurante se encontrava um pouco mais cheio. Mais "borbulhante" e desta vez foi fácil diagnosticar que o público é pessoas de mais idade, o que me deu a impressão de ser um estabelecimento mais antigo, frequentado por moradores dos arredores.
Mas, me sirvo e me sento quieta. Pego meus talheres, quando o garçom, já um senhor, me pergunta se vou querer alguma bebida para acompanhar. Lhe olho, sorrio, e respondo que não. " por enquanto não, mas obrigada".
Ele me retorna o olhar e me diz: "- o mundo seria bem melhor se as pessoas fossem simpáticas assim como você".
Incrível como não sei receber elogios. Possivelmente vermelha, nem recordo o que lhe respondi. Enquanto ele se direcionava as suas tarefas fiquei pensando, entre uma garfada e outra: "- de que me serve minha simpatia, meu senhor?"
Tenho procurado olhar com meiguice as pessoas na rua. Compaixão aos menos favorecidos, educação aos mais desatentos. Alguns poucos compactuam, outros nem me percebem na multidão e tem aqueles que provavelmente concluem: sou alvo fácil!
Vivo me repetindo: "aprenda a lição, ninguém vai salvar ninguém!" Mas não consigo retornar com olhar desconfiado a quem me sorri. E de tantas decepções, estou em cacos.
Gostaria de dizer que a decepção é amorosa, mas infelizmente é mais do que isso.
Sentir-se decepcionado consigo mesmo, sem saber por onde recomeçar é o pior dos castigos. Como continuar apaixonada pela vida, por pessoas, quando você se olha no espelho e não gosta de você?
Você tenta ser uma pessoa melhor, mas você não se sente assim e não sei quando isso vai passar. Não sei como fazer para colocar a casa em ordem. Mas, meu senhor, se tivesse um pouco de tempo lhe responderia: "pessoas como eu não conseguem se salvar, quanto menos fazer desse lugar um mundo melhor. O mundo me parece ser dos espertos, dos avarentos, dos ranzinzas, dos desconfiados, dos trambiqueiros, dos que não se importam a quem atingir ou como atingir.. nem se importam com o seu amanhã, porque se importariam com um mundo melhor?" mas por ora, tudo que me encorajo a lhe dizer é: "pode ser, pode ser!"
Assinar:
Postagens (Atom)